A independência é algo que muitos de nós buscamos. Está em nossa natureza deixar os laços que nos prendem a tudo aquilo que já não precisamos. Procurar um trabalho, uma independência econômica, o sonho da casa própria, talvez nosso próprio companheiro. Mas, o que ocorre quando a independência faz você se sentir sozinho?
A solidão é algo que muitas pessoas procuram, mas para outras é muito difícil conviver com ela. Isso é algo que as pessoas temem quando buscam a independência. São dois sentimentos com os quais é preciso lidar.
Aprender a viver na solidão
Quando nos tornamos independentes nos encontramos com uma casa na qual ninguém nos espera. Uma casa onde reinam o silêncio e a solidão. Essa sensação de isolamento e de abandono para muitos é insuportável. O que devem fazer? Encontrar alguém que queira compartilhar sua vida com eles.
Isso geralmente ocorre em muitas ocasiões em um nível emocional. Quando não sabemos viver sem um parceiro, quando também não suportamos essa independência emocional, buscamos o primeiro que nos dirige um sorriso para fazer parte da nossa vida.
Tentamos preencher nossa vida com algo que realmente nos complete. No entanto, não estamos conscientes de que estar com alguém não nos torna completos, isso é algo que criamos em nossa mente. Muitas vezes, estar com alguém nos faz sentir igualmente vazios.
Essa situação de independência e não dependência, de vazio e solidão, pode nos deixar apáticos e infelizes. Como podemos solucioná-la? Não vai ser fácil…
Nos ensinam que estar sozinho é algo negativo, mas ao contrário do que muitos pensam, a independência é algo positivo. Esse contraste é o que provoca essa tensão entre o que queremos e o que sentimos. Entre a necessidade da independência e o medo do silêncio e da solidão.
Eu quero ser independente, mas não me sentir sozinho
Quando nos encontramos nessa situação, devemos considerar certas questões sobre as quais devemos refletir para encontrar uma solução:
1- Avalie seus apegos. Costumamos nos apegar a coisas materiais e a pessoas, tornando-nos quase como um viciado em drogas. Nos machucamos a cada vez que sentimos o desapego, por isso sempre voltamos a essa “droga” que nos faz sentir melhor.
2- Conecte-se com suas emoções e esteja ciente de que existe apenas uma pessoa que sempre vai estar ao seu lado: você mesmo. Se a independência lhe causa uma sensação negativa por estar sozinho, pense nisso como um novo aprendizado.
3- Aprecie sua própria companhia, pois muitas vezes não sabemos estar apenas com nós mesmos e aproveitar um silêncio e uma solidão que nos permitem conhecer-nos melhor, enriquecer-nos! Comer ou ir ao cinema sozinho pode ser desconfortável, mas é algo que pode beneficiá-lo.
Com certeza, das três coisas que mencionamos, a mais impactante é apreciar sua própria companhia, especialmente ir ao cinema ou fazer uma refeição sozinho.
Há muitas pessoas que fazem isso porque sabem que é importante realizar diversas atividades que normalmente consideramos fazer apenas com uma companhia, mas com a companhia delas mesmas. Essas pessoas sabem tirar proveito da sua solidão, sabem que ir ao cinema sozinho, ou ir fazer uma caminhada sozinho, não precisa ser algo desagradável.
Há certas coisas, como o fato de comer ou passear, que inconscientemente são visualizadas apenas na companhia de outras pessoas. Se não for desse jeito, isso já nos proporciona um típico desconforto.
É preciso eliminar tudo isso para que você possa colocar em prática esses conselhos. Imagine que por questões de trabalho você precise viajar para outro país onde não conheça ninguém. O que você vai fazer então? Ficar trancado em casa para sempre ?
Se a independência faz você se sentir sozinho, não olhe para trás nem procure alguém para atenuar esse vazio que você sente sem querer. Encare isso como um novo aprendizado e aprenda a gostar de si mesmo sem a necessidade de estar acompanhado de qualquer outra pessoa.
Você pode aproveitar muitas coisas que achava que só poderia fazer na companhia de outros. Remova isso da sua mente, comece a mudar e veja a independência sob outro ponto de vista.
Por: Raquel Etérea